A importância da Justiça Restaurativa para a diminuição das violências nos ambientes escolares

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) declarou 2023 como o Ano da Justiça Restaurativa na Educação. A iniciativa tem por objetivo difundir e promover os conceitos e as práticas desse tipo de abordagem nos ambientes escolares. 

Além disso, a campanha também busca contribuir para que os integrantes da comunidade escolar possam rever suas crenças e teorias sobre conflito e violência, incentivando-os a buscarem formas de transformação de conflitos pautadas pelo diálogo.

Ao refletir a sociedade como um todo, o ambiente escolar traz em seu dia a dia conflitos inerentes nas relações interpessoais. Embora na maioria das vezes esses conflitos sejam pontuais e sem grandes desdobramentos, alguns podem desencadear ações violentas. 

Quando isso acontece, é fundamental que a resolução dos conflitos seja acompanhada de  aprendizados que se traduzem em aspectos de melhora da convivência e de tolerância.

Por meio da Justiça Restaurativa (JR) e suas práticas, é possível promover em todos os membros da comunidade escolar um espaço mais seguro e acolhedor, no qual todos e todas se sintam pertencentes e responsáveis pelas suas ações e pelo bem-estar dos demais. 

A prática envolve um conjunto de princípios, métodos e atividades voltadas ao todo que compõem o dia a dia escolar. Perpassando pela análise de fatores relacionais, institucionais e motivacionais dos conflitos e da violência, a JR desenvolve ações dialógicas e inclusivas que incentivam a participação ativa dos envolvidos na questão na busca pela sua solução pacífica.

Ao buscar uma solução integrada para as violências que acontecem no dia a dia escolar, a Justiça Restaurativa é um instrumento transformador para que estudantes compreendam todas as dimensões implicadas nessas ações. Ao resolver questões pontuais, também apresenta-se como uma estratégia para a diminuição de conflitos futuros e para a formação humana e cidadã dos estudantes.