Da dama de vermelho ao depoimento da família: Celito De Grandi lança livro sobre o Caso Kliemann em Santa Maria

Todo o jornalista deseja um dia ser um pouco Sherlock Holmes. Adentrar numa história, encontrar pistas, documentos, depoimentos novos e poder contá-la. Celito De Grandi obteve estes ingredientes logo no início de sua carreira, em 1962, enquanto repórter do Diário de Notícias. Naquele ano, a brutalidade tirou a vida de Margit Kliemann, uma mulher bonita, elegante, esposa do deputado Euclydes Kliemann, dentro de sua casa, em Porto Alegre. A época era de acirramento dos ânimos políticos, afinal, eleições estavam por vir. O crime rendeu inúmeras histórias, o surgimento de personagens – como a dama de vermelho, até hoje no imaginário dos gaúchos – e um acusado: o marido. Até que no ano seguinte, Kliemann estava em sua cidade natal, Santa Cruz do Sul, em um debate na rádio local com um vereador de outro partido. No meio de uma calorosa discussão, foi assassinado, ao vivo, por seu opositor. O Caso Kliemann, como foi chamado pela imprensa, tinha um novo capítulo, até hoje não resolvido. De Grandi foi o escalado para a cobertura jornalística dos julgamentos: “naquela época eu disse que ainda escreveria um livro sobre este caso”, afirma.Passaram-se quatro décadas e, através de uma amizade em comum, o jornalista entrou em contato com uma das três filhas do casal assassinado. Desde o fato, nenhuma delas se pronunciara. Ao contrário, mantiveram-se sempre afastadas de todo e qualquer jornalista. “A imprensa havia sido dura com a família delas, principalmente em relação ao pai. Mas após uma conversa informal, a mais nova delas aceitou me dar seus depoimentos e convenceu suas duas irmãs. Em alguns momentos foi difícil pra mim, pois me dei conta da responsabilidade que tinha com aquela família, já que era um confidente delas”, relembra De Grandi.Este trabalho rendeu o livro “Caso Kliemann: a história de uma tragédia”, que foi lançado em Santa Maria ontem, na FADISMA. O autor palestrou, contando acerca da situação política e histórica na época e de seu processo de pesquisa para a produção do livro: “Busquei novas informações, percebi algumas falhas da polícia, entendi melhor da política da época, li muito e busquei alcançar a maior proximidade da verdade e creio que consegui trazer novidades aos leitores”. O diretor geral da FADISMA, Eduardo Rocha, falou da satisfação em receber De Grandi na instituição: “A mim, receber o Celito tem um cunho especial, pois meu pai nutre uma grande amizade por ele. Para uma faculdade de Direito é muito interessante debater este assunto, até hoje não solucionado”, argumentou. O prefeito César Schirmer também proferiu algumas palavras em homenagem ao jornalista e depois iniciou a sessão de autógrafos.O livro é uma publicação da Literalis / EdiUnisc e rendeu dois prêmios ao autor: Profissional do Ano, concedido pela revista eletrônica Coletiva.net e ARI – Troféu Contribuição à Comunicação Social (Prêmio Antônio Gonzalez).

Assessoria de Imprensa FADISMAFernanda Couto Rostan / Dois Agência de ConteúdoContato: [email protected]

Todo o jornalista deseja um dia ser um pouco Sherlock Holmes. Adentrar numa história, encontrar pistas, documentos, depoimentos novos e poder contá-la. Celito De Grandi obteve estes ingredientes logo no início de sua carreira, em 1962, enquanto repórter do Diário de Notícias. Naquele ano, a brutalidade tirou a vida de Margit Kliemann, uma mulher bonita, elegante, esposa do deputado Euclydes Kliemann, dentro de sua casa, em Porto Alegre. A época era de acirramento dos ânimos políticos, afinal, eleições estavam por vir. O crime rendeu inúmeras histórias, o surgimento de personagens – como a dama de vermelho, até hoje no imaginário dos gaúchos – e um acusado: o marido. Até que no ano seguinte, Kliemann estava em sua cidade natal, Santa Cruz do Sul, em um debate na rádio local com um vereador de outro partido. No meio de uma calorosa discussão, foi assassinado, ao vivo, por seu opositor. O Caso Kliemann, como foi chamado pela imprensa, tinha um novo capítulo, até hoje não resolvido. De Grandi foi o escalado para a cobertura jornalística dos julgamentos: “naquela época eu disse que ainda escreveria um livro sobre este caso”, afirma.Passaram-se quatro décadas e, através de uma amizade em comum, o jornalista entrou em contato com uma das três filhas do casal assassinado. Desde o fato, nenhuma delas se pronunciara. Ao contrário, mantiveram-se sempre afastadas de todo e qualquer jornalista. “A imprensa havia sido dura com a família delas, principalmente em relação ao pai. Mas após uma conversa informal, a mais nova delas aceitou me dar seus depoimentos e convenceu suas duas irmãs. Em alguns momentos foi difícil pra mim, pois me dei conta da responsabilidade que tinha com aquela família, já que era um confidente delas”, relembra De Grandi.Este trabalho rendeu o livro “Caso Kliemann: a história de uma tragédia”, que foi lançado em Santa Maria ontem, na FADISMA. O autor palestrou, contando acerca da situação política e histórica na época e de seu processo de pesquisa para a produção do livro: “Busquei novas informações, percebi algumas falhas da polícia, entendi melhor da política da época, li muito e busquei alcançar a maior proximidade da verdade e creio que consegui trazer novidades aos leitores”. O diretor geral da FADISMA, Eduardo Rocha, falou da satisfação em receber De Grandi na instituição: “A mim, receber o Celito tem um cunho especial, pois meu pai nutre uma grande amizade por ele. Para uma faculdade de Direito é muito interessante debater este assunto, até hoje não solucionado”, argumentou. O prefeito César Schirmer também proferiu algumas palavras em homenagem ao jornalista e depois iniciou a sessão de autógrafos.O livro é uma publicação da Literalis / EdiUnisc e rendeu dois prêmios ao autor: Profissional do Ano, concedido pela revista eletrônica Coletiva.net e ARI – Troféu Contribuição à Comunicação Social (Prêmio Antônio Gonzalez).

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