Entrevista: Gustavo Reis, palestrante do 15º EntreMentes

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Professor fará palestra de abertura do evento

“Farei um convite à reflexão em torno de algumas das principais competências que viabilizam desempenhos espetaculares: curadoria, foco, generosidade, persistência e afetividade”, afirmou o professor e palestrante Gustavo Reis, sobre sua palestra que abrirá os trabalhos da 15ª edição da Semana Acadêmica da FADISMA, o EntreMentes.

Bacharel em Ciência da Computação pela UFRGS e mestre em Design Estratégico pela Unisinos, Gustavo, em sua trajetória como pesquisador, abordou o uso do Design para favorecer o aprendizado com base na promoção de emoções positivas, tais como a atenção, o entusiasmo e a motivação, tanto em ambientes educacionais quanto corporativos.

Gentilmente, Gustavo atendeu a Unidade de Comunicação em uma breve entrevista, que você confere abaixo:

UC – Como iniciaste a trajetória como palestrante? O que lhe inspirou?

GR – Bem antes de minha palestra no TEDxUnisinos, em 2012, a primeira a conquistar grande visibilidade por intermédio das redes sociais, eu realizei centenas de palestras em escolas. Com base nessa experiência, desenvolvi a forte impressão de que palestras e aulas cumprem essencialmente o mesmo propósito: promover a reflexão, ensinar e inspirar. O fato de eu dedicar mais tempo às palestras hoje em dia está ancorado nessa percepção.

UC – O uso da tecnologia será fator determinante no futuro da educação brasileira?

GR – Ferramentas tecnológicas, especialmente as digitais, têm sua importância quando bem exploradas em contextos educacionais, mas não as vejo como fundamentais. Há muitos estudos que dão sustentação à ideia de que não há evidências de que o uso de uma determinada tecnologia, qualquer que seja, favorece a aprendizagem. Além disso, temos que considerar que, diante de ciclos de inovação cada vez mais curtos, os artefatos tecnológicos não demoram a se tornar transparentes segundo a perspectiva dos alunos. Portanto, acredito que podemos nos tornar mais otimistas com relação ao futuro se ele for pautado por propostas sérias de capacitação docente norteadas pelo desenvolvimento de competências socioemocionais.

UC – Na sua opinião, quais são as principais barreiras do nosso paradigma educacional vigente? Como transpô-las?

GR – O conteudismo é o maior mal. Os currículos parecem ser escritos a partir da metáfora da "mancha de óleo no oceano": quando prevalece a ambição de abordar a maior quantidade possível de conteúdo, a consequência natural é a superficialidade. A sensação de estar sempre correndo atrás, compartilhada por alunos e professores, associada à baixa autoestima que prevalece entre os últimos, justificada por elementos que vão desde a questão salarial até os questionamentos de que costumam ser alvos os que decidem se dedicar à docência, é uma mistura explosiva. Minha percepção é de que a possibilidade de transposição dessas dificuldades tem que começar pela mesma reformulação da formação docente, especialmente no que diz respeito a professores da educação básica, para que ela seja pautada menos por competências cognitivas e mais por competências comportamentais e socio-afetivas.

A palestra “O que os campeões fazem de diferente?” abordará métodos de estudo, organização pessoal, manutenção de níveis de atenção, organização pessoal e assimilação eficiente de conteúdo. Gustavo inicia sua fala às 19h do dia sete de novembro, no salão anexo à FADISMA.

 

Unidade de Comunicação

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