Notícia relembra o 1ª caso de demanda contra a ONU nas Américas, onde a FADISMA pedia que as Nações Unidas reconhecessem negligência
Um dos acontecimentos extremamente importantes dos últimos meses. Foi assim que a professora Cristine Koehler Zanella, antiga docente da casa, definiu uma notícia recente e relevante no cenário internacional.
De acordo com a professora, que já foi coordenadora de projetos estratégicos da IEs e esteve à frente do Núcleo de Estudos de Direito Internacional da Faculdade, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, reconheceu que a organização teve um papel crucial no início do surto de cólera que atingiu o Haiti a partir de 2010.
A docente relembra que “a doença estava erradicada do país há cem anos e retornou impiedosa a partir do lançamento de dejetos fecais contaminados de soldados da ONU no rio Artibonite, próximo à base das Nações Unidas em Mirebalais, no interior do Haiti”.
Em post na sua página pessoal no Facebook, Cristine fala que se trata de “assumir a responsabilidade depois de mais de cinco anos de sistemática negação da ligação da organização com o surto de cólera, mesmo ante evidências genéticas e epidemiológicas atestando-a claramente”.
A professora trabalhou junto à FADISMA, em parceria com a professora Maria Carolina Beraldo na formulação de uma demanda pelo reconhecimento da responsabilidade internacional da ONU no caso. Na época, diversos veículos nacionais e internacionais noticiaram a demanda, como é possível relembrar nesse link do G1.
A íntegra da petição em português, submetida à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, encontra-se AQUI!
No post de Cristine destaca que o reconhecimento de Ban Ki-moon não veio em decorrência dessa denúncia, “mas agrada saber que a força dos fatos e a pressão de pessoas e organizações tem algum, mesmo que pequenino, efeito”.
Sabedo da relevância da notícia para as professoras Cristine Koehler Zanella e Maria Carolina Beraldo, com quem tivemos a honra de aprender muito, fica o nosso registro e agradecimento.
Foto: Pacientes do surto de cólera lotam hospital de Petite Riviere, no Haiti (Nicholas Kamm / AFP, publicado no G1)
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