Um crime sem solução é tema de livro que Celito De Grandi lança em Santa Maria

Década de 60, Santa Cruz do Sul. Euclydes Kliemann, então deputado, foi assassinado com um tiro, dentro da rádio homônima à cidade. O autor do disparo, que foi transmitido ao vivo pelas ondas da rádio, um adversário político da vítima. Um ano antes deste fato, a esposa de Kliemann, Margit, morreu de forma misteriosa, até hoje não desvendada. Na época, Celito De Grandi era um jovem repórter do Diário de Notícias, para o qual realizou a cobertura jornalística do crime. Durante meses estudou documentos, realizou entrevistas e conseguiu depoimentos inéditos das filhas do casal. Desta forma, reconstituiu a história, trazendo revelações sobre o caso. E este trabalho tornou-se o livro livro “Caso Kliemann: a história de uma tragédia”, coeditado pela Literalis em parceria com a EDUNISC.

Bem recebido pela crítica literária, o livro que está em sua 2ª reimpressão, será lançado em Santa Maria, no dia 22 setembro, às 18h30min, na FADISMA. O autor fará uma palestra sobre a publicação e depois acontecerá uma sessão de autógrafos.

Saiba maisO livro foi lançado em outubro de 2010 e esteve entre os mais vendidos na 56ª Feira do Livro de Porto Alegre. Devido a esta obra, De Grandi recebeu o prêmio Profissionais do Ano, pela revista Coletiva.net e o Troféu Contribuição à Comunicação Social, concedido pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI).

Opinião sobre a obraTrata a obra de um rumoroso caso de assassinato, ocorrido em POA/RS, em junho de 1962, em que restou vitimada Margit Kliemann, esposa de Euclydes Kliemann, combativo deputado estadual e opositor político ao governo da época. O casal era originário de Santa Cruz do Sul, importante centro de colonização alemã situada no Vale do Rio Pardo. Principal suspeito da morte da esposa (fato jamais plenamente esclarecido), Euclydes defende-se nos limites do lhe era possível – sim: há claros sinais de uma tragédia familiar aqui. Alguns meses após, em uma visita à cidade que era a sua principal base eleitoral, desentende-se com um vereador governista e é baleado e morto no interior das dependências de uma rádio na qual era entrevistado ao vivo.

Portanto, tem-se um duplo assassinato de figuras destacadas social e politicamente à época. Mais: somam-se às incertezas da morte de Margit as tensões políticas típicas do período. Exemplo: o (experiente) delegado designado para elucidar a morte de Margit insiste em direcionar as investigações para a figura do marido, quando as evidências não dão suporte a essa linha de ação. Esse é um dos pontos, alinhavados inteligentemente por De Grandi, que solicitam a atenção de seus leitores.

Escrita com maestria por um jornalista que não é somente experiente – mas, sobretudo, responsável –, a história narrada lança luzes sobre um drama familiar e releva um período importante de nossa experiência política – os anos anteriores ao golpe de Estado de 1964. Mais: examina com acuro o papel de uma parcela da imprensa, que vê no caso uma oportunidade para alavancar o seu faturamento pela ampliação da vendagem de seus jornais. Entretanto, o que talvez deva merecer mais atenção dos leitores é o como o autor reconstitui os fatos: decodifica imagens, compila dados de diversos tipos de documentos (livros, jornais da época e processos judiciais), resgata as manifestações dos parlamentares na Assembleia Legislativa, entrevista inúmeras pessoas e, aos poucos, vai juntando as peças de um grande mosaico que possui como centro aqueles eventos dramáticos, mas não se limita a isso: compõe uma linguagem que convida o leitor para assumir as suas próprias conclusões.

O livro de Celito De Grandi não é leitura obrigatória apenas para estudantes e profissionais do jornalismo, mas para todos aqueles que apreciam uma narrativa bem urdida assentada em um exercício investigativo minucioso. (Reginaldo Teixeira Perez – Professor do Departamento de Ciências Sociais/UFSM)

O quê: Lançamento do livro “Caso Kliemann: a história de uma tragédia”, de Celito De GrandiQuando: 22 de setembro, às 18h30minOnde: FADISMA – Rua Duque de Caxias, 2319Quanto: Gratuito

Assessoria de Imprensa FADISMAFernanda Couto Rostan / Dois Agência de Conteúdo Contato: [email protected]

Década de 60, Santa Cruz do Sul. Euclydes Kliemann, então deputado, foi assassinado com um tiro, dentro da rádio homônima à cidade. O autor do disparo, que foi transmitido ao vivo pelas ondas da rádio, um adversário político da vítima. Um ano antes deste fato, a esposa de Kliemann, Margit, morreu de forma misteriosa, até hoje não desvendada. Na época, Celito De Grandi era um jovem repórter do Diário de Notícias, para o qual realizou a cobertura jornalística do crime. Durante meses estudou documentos, realizou entrevistas e conseguiu depoimentos inéditos das filhas do casal. Desta forma, reconstituiu a história, trazendo revelações sobre o caso. E este trabalho tornou-se o livro livro “Caso Kliemann: a história de uma tragédia”, coeditado pela Literalis em parceria com a EDUNISC.

Bem recebido pela crítica literária, o livro que está em sua 2ª reimpressão, será lançado em Santa Maria, no dia 22 setembro, às 18h30min, na FADISMA. O autor fará uma palestra sobre a publicação e depois acontecerá uma sessão de autógrafos.

Saiba maisO livro foi lançado em outubro de 2010 e esteve entre os mais vendidos na 56ª Feira do Livro de Porto Alegre. Devido a esta obra, De Grandi recebeu o prêmio Profissionais do Ano, pela revista Coletiva.net e o Troféu Contribuição à Comunicação Social, concedido pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI).

Opinião sobre a obraTrata a obra de um rumoroso caso de assassinato, ocorrido em POA/RS, em junho de 1962, em que restou vitimada Margit Kliemann, esposa de Euclydes Kliemann, combativo deputado estadual e opositor político ao governo da época. O casal era originário de Santa Cruz do Sul, importante centro de colonização alemã situada no Vale do Rio Pardo. Principal suspeito da morte da esposa (fato jamais plenamente esclarecido), Euclydes defende-se nos limites do lhe era possível – sim: há claros sinais de uma tragédia familiar aqui. Alguns meses após, em uma visita à cidade que era a sua principal base eleitoral, desentende-se com um vereador governista e é baleado e morto no interior das dependências de uma rádio na qual era entrevistado ao vivo.

Portanto, tem-se um duplo assassinato de figuras destacadas social e politicamente à época. Mais: somam-se às incertezas da morte de Margit as tensões políticas típicas do período. Exemplo: o (experiente) delegado designado para elucidar a morte de Margit insiste em direcionar as investigações para a figura do marido, quando as evidências não dão suporte a essa linha de ação. Esse é um dos pontos, alinhavados inteligentemente por De Grandi, que solicitam a atenção de seus leitores.

Escrita com maestria por um jornalista que não é somente experiente – mas, sobretudo, responsável –, a história narrada lança luzes sobre um drama familiar e releva um período importante de nossa experiência política – os anos anteriores ao golpe de Estado de 1964. Mais: examina com acuro o papel de uma parcela da imprensa, que vê no caso uma oportunidade para alavancar o seu faturamento pela ampliação da vendagem de seus jornais. Entretanto, o que talvez deva merecer mais atenção dos leitores é o como o autor reconstitui os fatos: decodifica imagens, compila dados de diversos tipos de documentos (livros, jornais da época e processos judiciais), resgata as manifestações dos parlamentares na Assembleia Legislativa, entrevista inúmeras pessoas e, aos poucos, vai juntando as peças de um grande mosaico que possui como centro aqueles eventos dramáticos, mas não se limita a isso: compõe uma linguagem que convida o leitor para assumir as suas próprias conclusões.

O livro de Celito De Grandi não é leitura obrigatória apenas para estudantes e profissionais do jornalismo, mas para todos aqueles que apreciam uma narrativa bem urdida assentada em um exercício investigativo minucioso. (Reginaldo Teixeira Perez – Professor do Departamento de Ciências Sociais/UFSM)

O quê: Lançamento do livro “Caso Kliemann: a história de uma tragédia”, de Celito De GrandiQuando: 22 de setembro, às 18h30minOnde: FADISMA – Rua Duque de Caxias, 2319Quanto: Gratuito

Assessoria de Imprensa FADISMAFernanda Couto Rostan / Dois Agência de Conteúdo Contato: [email protected]

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