Práticas de ESG deixaram de ser futuro e já são parte do presente das organizações. Nas Universidades de Harvard, de Yale e da Pensilvânia, por exemplo, as formações passaram a dar ênfase à temática em suas graduações e pós-graduações. Em Yale, quase metade do currículo da Escola de Administração é formado por disciplinas relacionadas à ESG.
Esse movimento global, também presente no Brasil, tem explicações. Uma delas está na própria transformação do mercado de trabalho, seja pela exigência dos consumidores pelo posicionamento firme das marcas ou pelo desejo das organizações na promoção de suas imagens. É importante ressaltar que os gestores formados pelas Universidades acima mencionadas têm a capacidade de influenciar, de forma global, o mundo dos negócios, o que traz ainda mais importância para as práticas e ESG.
É nesse momento que as cooperativas se destacam como pioneiras na adoção de boas práticas ambientais, sociais e de governança. Afinal, desde sua gênese o cooperativismo esteve vinculado às pautas e políticas de ESG, questionando modelos pré-determinados de negócios e fomentando novas dinâmicas para o mercado e para a sociedade. Esses traços marcantes do Cooperativismo o colocam em um local destacado na agenda global, servindo de exemplo organizações de outras áreas.
Especialmente no Brasil, o cooperativismo traz no seu dia a dia práticas que agregam diferentes aspectos de ESG em suas atividades. Em uma realidade de constante modificações econômicas, sociais e ambientais, adotar uma agenda que responda às demandas emergentes é uma forma de as organizações estarem sempre atentas para substituir velhas diretrizes, que já não se conectam com o mercado atual, e desenvolverem soluções inovadoras.
Outro aspecto benéfico da agenda de ESG nas cooperativas se relaciona com as receitas investidas nessas organizações. Uma cooperativa com sólidos programas de governança e de responsabilidade social tende a ser vista pelos investidores como um negócio de baixo risco, favorecendo o aporte de recursos e a análise de crédito. Práticas sustentáveis e alinhadas ao Meio Ambiente também são indicadores de organizações competitivas e com responsabilidade global.
Mais que uma sigla, ao adotarem uma política de ESG eficaz em seus negócios, as cooperativas atuam na construção de um mundo melhor e promovem a sustentabilidade de suas organizações. É preciso que, para além dos gestores, associados e organizações parceiras também adotem políticas semelhantes, fortalecendo uma rede de Instituições que estejam convergindo esforços para uma nova e transformadora forma de relacionamentos nos negócios.
