Estamos em um momento de novos desafios no Brasil e no mundo. Por isso, a professora e psicóloga do Programa de Apoio Psicopedagógico e Inclusão da FADISMA, Anniele Rosinski, preparou algumas orientações para que os discentes, técnicos e professores da Instituição trabalhem a sua saúde mental durante o período de distanciamento social.
Estamos todos juntos nessa. O afastamento é importante, porém temporário. Vamos nos proteger e proteger aos outros para, em breve, estarmos próximos novamente.
- Busque apenas informações necessárias e confiáveis:
Informações em excesso, desnecessárias podem gerar ansiedade, busque informações de sites confiáveis e oficiais.
- Evite pensamentos vitimistas:
A vitimização distorce a realidade, evite estes pensamentos negativos. Estar isolado neste momento não é uma punição, mas uma prevenção e contribuição para o bem comum. Você tem condições de ressignificar o momento atual e dar a sua contribuição.
- Procure conectar-se consigo mesmo:
Estar sozinho é tão necessário quanto estar em sociedade, aproveite este momento de privacidade para reflexão e subjetivação pessoal. Para dialogar com os seus familiares e amigos utilize a vídeo chamada, telefone ou mensagens, assim se sentirá próximo à eles. Lembre-se, você tem condições de se fazer presente mesmo que não fisicamente.
- Tente ser otimista:
O pensamento pessimista impossibilita a percepção de novos cenários, novas possibilidades e impede de enxergar soluções. Lembre-se, você tem condições de pensar diferente a fim de aliviar as dores produzidas pelo momento atual.
- Mantenha-se ocupado:
A inatividade pode produzir desânimo, evite não fazer nada. Seja criativo, crie novas possibilidades, trace novos planos, improvise. Você pode se manter ativo e produtivo mesmo que em casa. Desacomode-se.
- Estabeleça uma rotina:
Estabelecer uma rotina diária contribui para a realização de propósitos, faça da experiência do trabalho home office (escritório em casa) uma oportunidade de conhecer esse novo método. Esta nova realidade, mesmo que temporária, oferece o conforto e a segurança da sua casa.
Repense a sua rotina diária, organize o seu tempo, respeite os teus intervalos, não abra mão do seu tempo livre, interaja pelos meios da comunicação também para o seu lazer, descanse. Gerencie a sua agenda.
- Pense coletivamente:
Considere as regras para um bom convívio coletivo, evite viver numa perspectiva meramente individualista, todos estão vivenciando o mesmo contexto que você. Compartilhe, dialogue, dívida conhecimentos, aceite a nova rotina.
Mesmo que a sua individualidade seja importante, em alguns casos dividimos nosso espaço de confinamento com outras pessoas do núcleo familiar, a dimensão coletiva não pode ser ignorada, pois também é muito importante.
Todos devemos ter consciência das dificuldades atuais, e devemos exercitar a empatia, designar acordos e regras de convívio, buscando a colaboração e o apoio mútuo com o propósito de tonar a vida agradável durante este processo. Respeite a realidade da diversidade.
- Existem várias perspectivas:
Crianças, Idosos e portadores de deficiências, pacientes com baixa imunidade e doenças crônicas devem ser ouvidos e priorizados, pois tem perspectivas e necessidades peculiares. Conversar, escutar, compreender e estabelecer rotina solidária inclusiva é importante para que as limitações impostas pela pandemia possam ser assimiladas e seguidas.
Adapte as restrições e não confunda restrição com perda ou impedimento. Você tem condições de verificar os motivos e limitações que o levam a alterar a sua rotina, assim minimizando os sentimentos negativos em relação ao contexto.