Um novo conceito de família baseado no afeto

Para muita gente escrever um livro representa realizar um sonho, alcançar uma meta de vida. Talvez essas pessoas sejam a garantia de que aquela máxima de que devemos plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro, ainda exista. 

Elas querem registrar suas ideias em uma das formas mais charmosas e perenes de armazenar e disseminar informação, o livro. Com a era digital, perdemos um pouco desse romantismo, talvez novos valores tenham mudado essa percepção, transferindo ao twitter, por exemplo, a excelência de informar e comunicar em 140 caractéres.

No entanto, aqueles que acreditam na velha máxima, querem mais e ainda buscam os meios tradicionais para produzir conhecimento. Um caso, que a FADISMA tem especial carinho em divulgar, é o da ex-aluna, Grasiela Cristine Celich.

A jovem de apenas 25 anos recentemente transformou o seu o trabalho final de graduação em obra. O livro intitulado “A Possibilidade Jurídica do Casamento Homoafetivo no Brasil”, ainda não foi lançado, mas pode ser adquirido junto à Editora AGBOOK. Os interessados devem solicitar o livro no site:

http://www.agbook.com.br/book/41318–A_Possibilidade_Juridica_do_Casamento_Homoafetivo_no_Brasil

Mas Grasiela não é avessa ao mundo digital. Muito pelo contrário. Ela dialoga com os dois tipos de mídia. Tanto é verdade que o seu livro está disponível também em versão para e-book. Além disso, a autora mantém um blog, com notícias publicadas por ela, acerca dos direitos homoafetivos registrados em jornais (http://dhdireitoshomoafetivosgrasielacelich.blogspot.com/)

Em entrevista cedida à Assessoria de Imprensa da FADISMA, Grasiela afirmou que, embora o tema de seu livro seja específico, não existe um público a que deva ser destinado. Segundo a própria, ”quando se trata de direitos que promovem a igualdade, dignidade, justiça, bem-estar para a população, afastando discriminações e preconceitos que a maioria da sociedade tem para com os casais homoafetivos, um livro não pode ficar restrito à comunidade jurídica. Precisa ser divulgado para toda a sociedade”.

Sobre os desafios da pesquisa, Grasiela relatou a sua trajetória acadêmica desde o inicio. Ela conta que ainda no terceiro semestre de graduação, definiu a temática que iria desenvolver no seu TCC: Direito da Família. “Foi no ano de 2005, quando na biblioteca encontrei um livro de Maria Berenice Dias intitulado: ‘União homossexual: o preconceito e a justiça’. Após leitura, descobri que se tratava de um tema específico da área de Direito de Família, disciplina que somente estudaria no 6º semestre da graduação. Entretanto, isso não foi problema”. A então acadêmica logo desenvolveu um projeto de pesquisa: “O direito, as leis e os homossexuais”. Parte da metodologia do projeto consistiu na aplicação de questionários, e o exercício aumentou a vontade e a certeza de que iria seguir com pesquisas sobre a temática homoafetiva.

“De alguns entrevistados, simplesmente ouvi: ‘Isso não vai dar certo. Para que defender essa gente. Se eu tivesse um filho que fosse homossexual eu ia espancar, trancar em uma jaula e deixar a pão e água, para ver se aprende a virar gente’.” Felizmente, depoimentos como este, foram minoria, e muita gente apoiou a pesquisa de Grasiela. “Certa vez, quando estava coletando dados em uma das turmas da faculdade, um colega me perguntou: ‘Para que é isso? O que você vai fazer?’ Eu respondi: ‘É para minha pesquisa’. E ele disse: ‘Só pesquisa? Pensei que você fosse fazer o casamento homoafetivo’. E era justamente essa a ideia da pesquisa”, conta a autora. 

Apostando na relevância de seu tema, a pesquisadora Grasiela teve ótimos resultados da banca de professores avaliadores, resultando na publicação do livro, que eterniza seu trabalho, mas não estanca seus esforços. 

“Resolvi publicar o trabalho por dois motivos: a pedido da banca avaliadora e também pelo fato de, ainda, haver muitas pessoas que pensam que os homossexuais deveriam ser presos, espancados, trancados em uma jaula, passar a pão e água, não serem tratados como seres humanos e sim como objetos, devido ao preconceito, ainda, existente em nosso país”, relata.

Com suas pesquisas, Grasiela almeja disseminar o pensamento de que a lei não proíbe e/ou omite o casamento homoafetivo no Brasil, e que devemos celebrar este “novo conceito de família baseado no afeto”, e assim caminharmos na construção de uma “sociedade mais humana de acordo com os preceitos constitucionais”.

MAIS:

Sinopse do livro: “Possibilidade Jurídica do Casamento Homoafetivo no Brasil”Este livro apresenta uma nova teoria ao que tange o instituto do casamento no Direito de Família: a possibilidade de, atualmente, no Brasil, ser realizado o casamento homoafetivo.

Ao contrário do que a maioria das pessoas, inclusive juristas, pensam de que o casamento entre homossexuais não é possível, ou é proibido no Brasil, este livro apresenta uma inovadora teoria capaz de abarcar essa espécie de casamento, tal como a lei sempre faz para o casamento heteroafetivo.

Para isso, é mostrado os vários modelos dessa instituição: família monoparental, anaparental, constituída pela união estável abarcando duas espécies: a heteroafetiva e a homoafetiva e, ainda, expõe a família constituída pelo casamento. Para concluir, é discutido e mostrado que é possível o casamento entre homossexuais ser realizado no Brasil, de acordo com a legislação vigente no país. Diante disso, não caberia mais se falar que esta espécie de matrimônio é proibida ou omissa pela lei.

Número de páginas: 284 Ano: 2011Editora: AGBOOK

Sobre a autoraGrasiela Cristine Celich é bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Santa Maria (FADISMA), em agosto de 2009. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Especializanda em Direito Civil: ênfase em Direito de Família, Sucessões e Mediação Familiar na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Atua na área de família e sucessões, além de ser pesquisadora nesses ramos, bem como em Direitos homoafetivos, conflitos homofóbicos na escola e questões pertinentes à Teoria do Reconhecimento de Hegel e Axel Honneth.

Assessoria de Imprensa da FADISMAMichelle [email protected]

Para muita gente escrever um livro representa realizar um sonho, alcançar uma meta de vida. Talvez essas pessoas sejam a garantia de que aquela máxima de que devemos plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro, ainda exista. 

Elas querem registrar suas ideias em uma das formas mais charmosas e perenes de armazenar e disseminar informação, o livro. Com a era digital, perdemos um pouco desse romantismo, talvez novos valores tenham mudado essa percepção, transferindo ao twitter, por exemplo, a excelência de informar e comunicar em 140 caractéres.

No entanto, aqueles que acreditam na velha máxima, querem mais e ainda buscam os meios tradicionais para produzir conhecimento. Um caso, que a FADISMA tem especial carinho em divulgar, é o da ex-aluna, Grasiela Cristine Celich.

A jovem de apenas 25 anos recentemente transformou o seu o trabalho final de graduação em obra. O livro intitulado “A Possibilidade Jurídica do Casamento Homoafetivo no Brasil”, ainda não foi lançado, mas pode ser adquirido junto à Editora AGBOOK. Os interessados devem solicitar o livro no site:

http://www.agbook.com.br/book/41318–A_Possibilidade_Juridica_do_Casamento_Homoafetivo_no_Brasil

Mas Grasiela não é avessa ao mundo digital. Muito pelo contrário. Ela dialoga com os dois tipos de mídia. Tanto é verdade que o seu livro está disponível também em versão para e-book. Além disso, a autora mantém um blog, com notícias publicadas por ela, acerca dos direitos homoafetivos registrados em jornais (http://dhdireitoshomoafetivosgrasielacelich.blogspot.com/)

Em entrevista cedida à Assessoria de Imprensa da FADISMA, Grasiela afirmou que, embora o tema de seu livro seja específico, não existe um público a que deva ser destinado. Segundo a própria, ”quando se trata de direitos que promovem a igualdade, dignidade, justiça, bem-estar para a população, afastando discriminações e preconceitos que a maioria da sociedade tem para com os casais homoafetivos, um livro não pode ficar restrito à comunidade jurídica. Precisa ser divulgado para toda a sociedade”.

Sobre os desafios da pesquisa, Grasiela relatou a sua trajetória acadêmica desde o inicio. Ela conta que ainda no terceiro semestre de graduação, definiu a temática que iria desenvolver no seu TCC: Direito da Família. “Foi no ano de 2005, quando na biblioteca encontrei um livro de Maria Berenice Dias intitulado: ‘União homossexual: o preconceito e a justiça’. Após leitura, descobri que se tratava de um tema específico da área de Direito de Família, disciplina que somente estudaria no 6º semestre da graduação. Entretanto, isso não foi problema”. A então acadêmica logo desenvolveu um projeto de pesquisa: “O direito, as leis e os homossexuais”. Parte da metodologia do projeto consistiu na aplicação de questionários, e o exercício aumentou a vontade e a certeza de que iria seguir com pesquisas sobre a temática homoafetiva.

“De alguns entrevistados, simplesmente ouvi: ‘Isso não vai dar certo. Para que defender essa gente. Se eu tivesse um filho que fosse homossexual eu ia espancar, trancar em uma jaula e deixar a pão e água, para ver se aprende a virar gente’.” Felizmente, depoimentos como este, foram minoria, e muita gente apoiou a pesquisa de Grasiela. “Certa vez, quando estava coletando dados em uma das turmas da faculdade, um colega me perguntou: ‘Para que é isso? O que você vai fazer?’ Eu respondi: ‘É para minha pesquisa’. E ele disse: ‘Só pesquisa? Pensei que você fosse fazer o casamento homoafetivo’. E era justamente essa a ideia da pesquisa”, conta a autora. 

Apostando na relevância de seu tema, a pesquisadora Grasiela teve ótimos resultados da banca de professores avaliadores, resultando na publicação do livro, que eterniza seu trabalho, mas não estanca seus esforços. 

“Resolvi publicar o trabalho por dois motivos: a pedido da banca avaliadora e também pelo fato de, ainda, haver muitas pessoas que pensam que os homossexuais deveriam ser presos, espancados, trancados em uma jaula, passar a pão e água, não serem tratados como seres humanos e sim como objetos, devido ao preconceito, ainda, existente em nosso país”, relata.

Com suas pesquisas, Grasiela almeja disseminar o pensamento de que a lei não proíbe e/ou omite o casamento homoafetivo no Brasil, e que devemos celebrar este “novo conceito de família baseado no afeto”, e assim caminharmos na construção de uma “sociedade mais humana de acordo com os preceitos constitucionais”.

MAIS:

Sinopse do livro: “Possibilidade Jurídica do Casamento Homoafetivo no Brasil”Este livro apresenta uma nova teoria ao que tange o instituto do casamento no Direito de Família: a possibilidade de, atualmente, no Brasil, ser realizado o casamento homoafetivo.

Ao contrário do que a maioria das pessoas, inclusive juristas, pensam de que o casamento entre homossexuais não é possível, ou é proibido no Brasil, este livro apresenta uma inovadora teoria capaz de abarcar essa espécie de casamento, tal como a lei sempre faz para o casamento heteroafetivo.

Para isso, é mostrado os vários modelos dessa instituição: família monoparental, anaparental, constituída pela união estável abarcando duas espécies: a heteroafetiva e a homoafetiva e, ainda, expõe a família constituída pelo casamento. Para concluir, é discutido e mostrado que é possível o casamento entre homossexuais ser realizado no Brasil, de acordo com a legislação vigente no país. Diante disso, não caberia mais se falar que esta espécie de matrimônio é proibida ou omissa pela lei.

Número de páginas: 284 Ano: 2011Editora: AGBOOK

Sobre a autoraGrasiela Cristine Celich é bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Santa Maria (FADISMA), em agosto de 2009. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Especializanda em Direito Civil: ênfase em Direito de Família, Sucessões e Mediação Familiar na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Atua na área de família e sucessões, além de ser pesquisadora nesses ramos, bem como em Direitos homoafetivos, conflitos homofóbicos na escola e questões pertinentes à Teoria do Reconhecimento de Hegel e Axel Honneth.

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